HISTÓRIA DA FILOSOFIA
A divisão histórica da filosofia se
assemelha à divisão da história da Humanidade
Antiguidade = Filosofia Antiga (sec
VII a. C à sec IV d. C)
Idade Média = Filosofia Medieval (sec
IV à sec XIV)
Modernidade = Filosofia Moderna (sec
XV à sec XVIII)
Contemporaneidade = Filosofia
Contemporânea (sec XVIII aos dias atuais)
Isso acontece porque a função da
filosofia sempre foi compreender os fenômenos históricos próprios de cada
tempo, buscando refletir os processos que construiram o pensar e o agir humano
em cada época.
A partir das necessidades e dos
acontecimentos históricos se faz necessário um pensar diferente proposto
pela filosofia. A evolução do pensamento filosófico e suas discussões
decorrem dos processos sociais, econômicos, políticos, culturais e psíquicos
próprios de cada momento histórico.
FILOSOFIA ANTIGA (sec VII a. C -
sec IV d. C)
A Filosofia Antiga marca o inicio do
pensamento filosófico na história da humanidade. A filosofia surge na Grécia
por diversos fatores, dentre os quais, vale destacar o processo de
desmitificação do pensamento grego e o desenvolvimento da política.
O povo grego passa a
questionar as explicações mitológicas sobre a origem do Universo
(Cosmogonia), que, por serem alegóricas e fantasiosas, já não atendiam aos
interesses da população. Neste sentido a filosofia surge como uma
tentativa de explicar racionalmente a origem do universo (Cosmologia). Portanto,
a filosofia nascente se preocupa, num primeiro momento, em oferecer de forma
racional uma explicação a cerca da natureza das coisas e do mundo, por isso que
estes primeiros filósofos são chamados de filósofos da Natureza, ou ainda,
Filósofos Físicos, na verdade, históricamente, eles ficaram conhecidos como
Filósofos Pré-socráticos porque viveram antes do principal filósofo da
Antiguidade, Sócrates.
Outro grupo de filósofos que se
destacou neste período foram os Sofistas. A eles coube a mudança de foco
da filosofia, da busca do elemento primordial que deu origem a todas as coisas
para assuntos relacionados a vida do homem (política, ética, conhecimento)
Por volta do sec IV a. C. Em virtude
do desenvolvimento da política, se fez impreencidível o desenvolvimento da
oratória e da retórica como forma de se fazer prevalecer no convencimento na
praça pública. Os sofistas se especializaram em treinar os cidadãos gregos
na arte da oratória e da retórica, para eles não importava a verdade e sim a capacidade
de convencimento. Os sofistas eram relativistas, para eles, cada homem era
portador de uma verdade, bastava saber defender essa verdade (opinião).
Neste contexto, surge Sócrates com
uma proposta diferente de filosofia. Para Sócrates só haveria uma unica verdade
e caberia aos homens, através do questionamento, buscar esta verdade
(conhecimento verdadeiro). Sócrates afirma que o principio da filosofia é
reconhecer a própria ignorância, a fim de assumir o sentido da palavra
Filosofia, ou seja, ser um eterno amante da sabedoria, alguém que a busca além
das próprias convicções e opiniões. ("Só sei que nada sei!")
Os Filósofos posteriores a Sócrates
continuaram essa busca pela verdade, dentre essse filófosos destacam-se Platão
e Aristóteles (que sistematizou a filosofia).
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