Métodos de analise sociologicas


O funcionalismo: Émile Durkheim
O fundador desta teoria foi Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia. Seu interesse era compreender quais são os fatores que definem uma sociedade, ou seja, o que faz com que uma sociedade não seja apenas uma coleção de indivíduos. Por isso ele estudou as estruturas que compõem uma sociedade, especialmente em nível macro.
Émile Durkheim é apontado como um dos primeiros grandes teóricos da Sociologia, onde busca definir o objeto, o método e suas aplicações.
Segundo esse pensador o objeto primordial da Sociologia são os fatos sociais. Estes possuem três características: coerção, exteriorização dos fatos sociais ao indivíduo e a generalidade do fato social. 
A coerção é a força que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos, onde este deve se conformar com as regras que a sociedade lhe impõe, quando o indivíduo tentar se livrar dessa coerção esta fica evidente através de sanções que podem ser espontâneas e legais. Em que sanções legais seriam as leis, pois através delas se estabelecem infrações..
O funcionalismo foi importante para refutar teorias como o evolucionismo e o difusionismo, que dominava a antropologia americana e britânica da época. Os funcionalistas priorizavam a descoberta dos fatos, a existência material; a realidade dos eventos deveria ser encontrada em suas manifestações no presente, por isso a importância do trabalho de campo e da observação participante.
Essa teoria foi muito influente nos anos 1960 e 1970, porém sofreu muitas críticas, principalmente por não conseguir explicar a complexidade da sociedade e de seus atores. Para outros, como os teóricos marxistas, o funcionalismo produzia análises estáticas e conservadoras, que não contribuíam para mudar o status quo.
Método compreensivo
Weber pode observar que a sociedade não era “explicada” de forma tão simples e nem poderia ser harmoniosa como pensavam Comte e Durkheim, mas também não a imagina a partir de uma revolução como fazia Marx. De acordo com o pensamento de Weber o papel da sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão. Tanto a análise quanto método de Weber valorizavam as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade; entendendo a sociedade sob a  perspectiva histórica, o que claramente o diferenciava dos positivistas. Max Weber direcionou seus estudo e suas análise com ênfase para a sociologia da religião, a sociologia politica, administração publica ( governo) e economia. Pois, para Weber, o núcleo da análise social constitui na interdependência entre religião, economia e sociedade, estes elementos podem ser observados em algumas de suas obras, como por exemplo: Na obra a Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (1904-1905), onde o mesmo buscou expor por que haviam surgido fenômenos culturais que iriam assumir um significado e uma validade universal Sendo que para ele o protestantismo e, especialmente, o calvinismo haviam estabelecido as bases do sucesso econômico, da racionalização da sociedade ocidental e, por último, do desenvolvimento do capitalismo.


Karl Marx: O materialismo histórico e dialético

Para Marx a luta de classes é o motor da História, pois exprime as contradições e o movimento dialético da vida social.

Entender a teoria marxista, é compreender que Marx e Engels observaram que em cada época os homens, ao buscarem sua sobrevivência frente à natureza, usaram sua força física e intelectual para produzirem sua sobrevida, de uma forma tal que para cada momento existe um modo próprio de produzirem sua existência.

Mas em cada modo de produção a consciência dos homens sempre se transforma e essa transformação depende exclusivamente das condições materiais de produção, pois não são as idéias que movem a História, ao contrário, são as condições históricas que as produzem.

O materialismo explica que são as condições materiais de existência (as relações sociais de produção) que determinam o modo de ser e a pensar de cada um, mas esse modo é histórico já que a sociedade e a política não surgem da ação da natureza, mas da ação concreta dos seres humanos no tempo.

A História não é um processo linear e contínuo, uma seqüência de causas e efeitos, mas um processo de transformações sociais determinadas pelas contradições entre os meios de produção (as formas de propriedade) e as forças produtivas (o trabalho, seus instrumentos, as técnicas).

A ideologia ou o modo dominante de produção de idéias de uma época, é um fenômeno social que tem origem no modo de produção econômico, acabando por exprimir a divisão social do trabalho de cada época. A Ideologia entretanto, surge à partir de um momento histórico específico, quando acontece a divisão entre dois tipos de trabalho: o material (a produção de coisas) e o intelectual (a produção de idéias).

A partir daí, aqueles que produzem as idéias (a classe dominante), passam a construir um discurso (ideologia) que justifica a dominação como uma relação social “natural”, garantindo sua hegemonia através da ocultação da exploração do trabalho dos dominados, vista como uma relação igualitária e não de exploração (alienação).

As classes dominadas, alienadas pelo discurso dominante, mantem-se exploradas acreditando que esse processo é um fenômeno normal, vendo a desigualdade justificada como sendo incapacidade e inabilidade de alguns de ascenderem socialmente. Assim, a classe dominante opera sua dominação de classe usufruindo das benesses que a divisão social e o trabalho explorado propiciam.

Das sociedades classistas e desiguais que Marx estudou, o autor focalizou a sociedade contemporânea e capitalista, afirmando que de todas as classes sociais que enfrentam a burguesia – classe dominante do período, somente o proletariado é revolucionário, porque traz em si o potencial de transformação social por possuir o gérmen de novas relações de produção. Sua emancipação significaria portanto a libertação humana e a abolição das classes e de todas as formas de alienação, exploração e dominação.

Marx propunha o fim do capitalismo e de sua desigualdade, defendendo uma nova sociedade, instaurada pelo proletariado, que acabaria com a divisão social do trabalho e com a relação de dominadores e dominados – através da crítica à ideologia burguesa, que só poderia ser feita, após sua desmistificação enquanto inversão da realidade.

Para substituir o capitalismo por uma sociedade igualitária pela via revolucionária, Marx previu o comunismo, etapa superior do socialismo, quando efetivamente as forças produtivas desenvolveriam-se de tal forma, que os homens e mulheres desta nova sociedade poderiam obter os bens necessários para sua sobrevida de um fundo de recursos comuns, cada um dispondo de lazer e energia suficientes para desenvolverem sua personalidade com respeito e dignidade, sem a exploração do trabalho humano.

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