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Entendimento sobre o racionalismo crítico de Kant

1.        Nem empirismo nem racionalismo tradicionais. A teoria kantiana do conhecimento consiste numa ultrapassagem ou superação quer do empirismo, quer do racionalismo. Para Kant, o empirismo — que o filósofo alemão critica  referindo-se essencialmente a David Hume — conduz ao cepticismo, à descrença na possi­bilidade do conhecimento científico ou objectivo. Pensar que o conhecimento se baseia ex­ clusivamente — deriva — no que é dado pela experiência ou intuição sensível e não con­ tém nada mais é ter uma concepção errada do conhecimento. Embora baseado num modelo do conhecimento distinto do empirista, o racionalismo  tradicional revela-se, também segundo Kant, insuficiente para fundamentar (mostrar como  é possível) o conhecimento científico. A confiança excessiva do racionalismo tradicional  nas capacidades da razão, a crença de que ela por si só, isto é, enquanto pura, pode conhecer, desprezando as­sim o contributo da sensibilidade, é criticada por Kant.          2.   Co

Kant vs Descartes: os limites da razão

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A humanidade sempre preocupou-se em saber como funciona sua racionalidade, como se origina o conhecimento e se existe possibilidade de se alcançar uma verdade a qual se possa chamar de plena e absoluta. Curiosa para saber o que se passava no lado de fora de sua mente, a humanidade criou diversos mecanismo de pensamento para explicar suas indagações. Uma dessas invenções foi a Metafísica. A Metafísica foi “criada” por Aristóteles, no seu conjunto de livros que tratavam do que estava “além do físico” (significado da palavra Metafísica). Apesar de não ter dado esse nome ao conjunto de seus livros, pois isso foi fruto de catalogações posteriores, Aristóteles cunhou o termo para a análise dos “fenômenos” que ocorrem fora do alcance dos sentidos, fora dos limites empíricos tantos dos seus contemporâneos como dos que o antecederam, no qual o maior destaque foi seu mestre Platão. Platão é a grande base de toda a Metafísica ocidental, e sua influência amplificou-se ainda mais com a utiliza

Revendo algumas questões do 1o. semestre

1)Desde os primórdios da humanidade o mito está presente, a respeito desse conhecimento pode-se afirmar que:   mito  fixa a narrativa no passado; mito  não se importa com contradições, com o fabuloso e o incompreensível; a autoridade é posta na confiança religiosa no narrador; mito  narra a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas. 2) Sobre a filosofia podemos afirma: filosofia  trata de problematizar o porquê das coisas de maneira universal, isto é, na sua totalidade ; Buscando estruturar explicações para a origem de tudo nos elementos naturais e primordiais; filosofia  não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis; exige explicação coerente, lógica e racional. 3)Quais as condições históricas, políticas e sociais que permitiram o surgimento da filosofia? As viagens marítimas  que permitiram aos gregos a desmistificação do mito; O surgimento da vida urbana e a invenção da moeda; A inv

1. Introdução à Filosofia da Religião (Deus e a Razão)

1.1 Deus como causa do mundo1 Vamos analisar os conceitos sobre Deus a partir de alguns filósofos. Platão : diz que não há um deus criador de tudo, mas existe um responsável pela organização do mundo denominado por Platão de Demiurgo (Artífice) que criou o mundo material “imperfeito” ao contemplar o mundo perfeito das Ideias. Aristóteles : Deus é o primeiro motor “tudo o que é movido é movido por alguma outra coisa”, e o primeiro motor movimenta todas as coisas e não é movido por nada. Na obra Metafísica o primeiro motor é denominado THEÓS (Deus em grego) pelo filósofo estagirita. Plotino : Deus é uno e as coisas que emanam desta fonte não se separam dela. O mundo é parte de Deus. Filosofia Cristã : a ideia de que o mundo emana de Deus não é fundamentada, por que Deus é puro, homogêneo e não pode ser dividido. “Ao criar Deus estava separado do mundo.” 1.2 Deus não pode ser provado pela razão Na História da Filosofia muitos pensadores utilizaram a razão para provar a existência de De

Auguste Comte

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Augusto Comte Quem foi Augusto Comte, nome completo, nascimento e morte, realizações, Positivismo, frases, Humanismo Augusto Comte: o criador do Positivismo Nome Completo  Isidore Auguste Marie François Xavier Comte Quem foi Augusto Comte foi um importante filósofo e sociólogo francês do século XIX. É considerado o criador  do Positivismo e da disciplina Sociologia. Nascimento Augusto Comte nasceu na cidade de Montpellier (França) em 19 de janeiro de 1798. Morte Augusto Comte morreu na cidade de Paris (França) em 5 de setembro de 1857. Principais realizações -  Criou a disciplina Sociologia; - Criou a corrente filosófica, política e científica conhecida como Positivismo; - Idealizou o conceito político da Lei dos Três Estados; - Fez grandes colaborações para o desenvolvimento da filosofia humanista. Principais obras - Opúsculos de Filosofia Social (1816-1828) - Curso de filosofia positiva, (1830-1842) - Discurso sobre o espírito positivo (1848) - Discur

mais sobre Santo Agostinho

Santo  Agostinho  (354 - 430 d.C) foi um filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão responsável pela elaboração do pensamento cristão medieval e da filosofia patrística. Agostinho nasceu em Tagaste, na atual Argélia. Foi educado em Cartago e lá se tornou professor de retórica. Aderiu ao pensamento maniqueísta, que pregava a regência do mundo através de duas forças, o bem e o mal. Mas a influência de Santo Ambrósio foi decisiva para convertê-lo ao cristianismo em386. O resultado de sua conversão é o livro “Confissões”, onde revela os caminhos da fé em meio às angústias do mundo. O livro é uma autobiografia que também imprime o seu pensamento filosófico. Outra obra de grande destaque é “Cidade de Deus”, onde discute a questão da metafísica do  pecado original  contido na Bíblia. Para Agostinho, o caminho para a verdade estava na fé, mas a razão era o melhor meio para provar a validade das verdades. Famosa é a sua frase: “Compreender para crer, crer paracompreender”. Santo Agostinho

O que é Gnosiologia:

Gnosiologia (ou gnoseologia) é a parte da Filosofiaque estuda o conhecimento humano. É formada a partir do termo grego “gnosis” que significa “conhecimento” e “logos” que significa “doutrina, teoria”. Pode ser entendida como a teoria geral do conhecimento, na qual se reflete sobre a concordância do pensamento entre sujeito e objeto. Nesse contexto, objeto é qualquer coisa exterior ao espírito, uma ideia, um fenômeno, um conceito, etc., mas visto de forma consciente pelo sujeito. O objetivo da gnosiologia é refletir sobre a origem, essência e limites do conhecimento, do ato cognitivo (ação de conhecer). Epistemologia é também uma teoria do conhecimento mas distingue-se da gnosiologia por estar associada ao conhecimento científico (episteme) ou seja, às pesquisas científicas e todos os princípios, leis e hipóteses relacionadas.

Tomás de Aquino

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A Vida e a Obra Após uma longa preparação e um desenvolvimento promissor, a escolástica chega ao seu ápice com Tomás de Aquino. Adquire plena consciência dos poderes da razão, e proporciona finalmente ao pensamento cristão uma filosofia. Assim, converge para Tomás de Aquino não apenas o pensamento escolástico, mas também o pensamento patrístico, que culminou com Agostinho, rico de elementos helenistas e neoplatônicos, além do patrimônio de revelação judaico-cristã, bem mais importante. Para Tomás de Aquino, porém, converge diretamente o pensamento helênico, na sistematização imponente de Aristóteles. O pensamento de Aristóteles, pois, chega a Tomás de Aquino enriquecido com os comentários pormenorizados, especialmente árabes. Nasceu Tomás em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal dos condes de Aquino. Era unido pelos laços de sangue à família imperial e às famílias reais de França, Sicília e Aragão. Recebeu a primeira educação no grande mosteiro de Mon